Holocnemus pluchei (Scopoli, 1763)
Cavaleiro-marmoreado
Outros Nomes Comuns: aranhuço-marmoreado
Sinonímias de Holocnemus pluchei
Aranea pluchii, Aranea rivulata, Holocnemus pluchii, Holocnemus rivulatus, Pholcus barbarus, Pholcus impressus, Pholcus pluchei, Pholcus rivulatus, Pholcus ruralis
Morfologia de Holocnemus pluchei
Informação detalhada sobre Holocnemus pluchei
Espécie nativa no continente e muito frequente.
É um competidor directo de Pholcus phalangioides e as suas teias encontram-se muitas vezes ligadas às de Steatoda nobilis e Zygiella x-nottata.
Fêmeas: | |||
Comprimento do corpo: 7 a 8,5 mm. Carapaça clara, quase circular, com uma grande depressão central e uma linha mediana escura. Esterno escuro. Patas muito compridas, castanhas acizentadas claras, malhadas de escuro com aneis brancos nas articulações precedidos e seguidos de anéis escuros. Pedipalpos com o último segmento alargado e escuro semelhante ao de machos subadultos noutras aranhas. Abdómen com uma marca cardíaca escura de cor característica, bordeada de branco. A restante zona dorsal e flancos com um padrão reticulado bastante vistoso para esta família. A face ventral apresenta uma linha longidutinal larga escura desde o pedicelo até às fieiras e bordeada de pontos brancos. Fieiras curtas. | |||
Machos: | |||
Idênticos às fêmeas mas mais pequenos com patas proporcionalmente mais compridas e o abdómen mais reduzido. Comprimento do corpo: 4 a 6,5 mm. Pedipalpos com estruturas copulatórias bem visíveis. | |||
Larvas: | |||
O desenvolvimento larvar é facilmente visível através da protecção do ovo. Numa primeira fase, a região anterior é transparente e o abdómen escuro, passando depois as patas e carapaça a um tom acizentado. As larvas são transportadas pela mãe que as segura com as quelíceras e palpos. | |||
Ninfas: | |||
As ninfas dos primeiros estágios são de cor acizentada com pêlos proporcionalmente grandes e bem visíveis no abdómen. Gradualmente, adquirem as proporções e coloração dos adultos. | |||
Biologia e ecologia: | |||
Esta é uma espécie que vive vários anos, pelo que se encontra durante todo o ano. Os machos adultos normalmente durante o Verão e Outono. A teia é relativamente pequena, embora variável de acordo com o local escolhido. Consiste num lençol de seda fina em campânula, muitas vezes tão fina que é difícil perceber a sua estrutura organizada. É muito semelhante às teias de Pholcus phalangioides. Encontra-se com muita frequência em edifícios e todos os locais abrigados no exterior, mais raramente no interior. Também em troncos velhos. Alimenta-se principalmente de dípteros (moscas e mosquitos) e pequenas aranhas mas se tiver oportunidade, ataca quaisquer outras presas. Quando uma presa toca na teia, a aranha usa as patas traseiras para a enrolar em seda. esta seda não é muito forte, pelo que geralmente, não consegue capturar insectos muito fortes como vespas ou escaravelhos. Se tiver oportunidade, pode tornar-se cleptoparasita, pilhando as teias de outras aranhas às quais liga a sua teia. São territoriais, mas como as teias são pequenas, podemos encontrar aranhas de várias idades num mesmo local, geralmente as maiores mais acima. Na época de acasalamento, macho e fêmea podem compartilhar a teia. Os ovos são unidos com seda, mas não existe uma verdadeira ooteca, e são transportados pela fêmea nas quelíceras. Quando perturbada na teia, a aranha vibra encolhendo e esticando as patas. Se se sentir encurralada, deixa-se cair da teia e corre às arrecuas. Se for presa pelas patas, liberta-as rapidamente por autotomia. | |||
Identificação: | |||
Esta aranha tem um aspecto inconfundível. A sua silhueta e as patas compridas, apenas a tornam parecida a outras espécies da mesma família. Distingue-se facilmente de Pholcus pelo padrão do abdómen e das restantes espécies de Holocnemus por não ter o abdómen prolongado para além das fieiras. |