Durante o trabalho de documentação das espécies de aranhas que tem desenvolvido em conjunto com o Naturdata, o fotógrafo Emídio Machado recolheu uma pequena aranha juvenil, provavelmente pertencente ao género Evarcha na região de Castelo Branco.
A aranha, como a maioria, foi fotografada e guardada para posterior identificação. Durante este período, a aranha morreu, ficando junto do cadáver uma pequena pupa que foi criada em cativeiro pelo coordenador do projecto, Ricardo Silva e que, esta semana deu lugar a um espécimen de Acrocerídeo.
Foi então enviada para o coordenador desta família, Jorge Almeida que a identificou como Ogcodes cf. obscuripes. Esta é não só uma nova espécie para Portugal, como a primeira deste género.

É também um momento raro de registo da biologia desta espécie. Trata-se de uma pequena mosca, com pouco mais de 4 mm, cuja larva parasitou uma aranha juvenil da família Salticidae até à morte, altura em que pupou eclodindo como adulto ao fim de poucas semanas.

A galeria da aranha parasitada pode ser visitada aqui