Macrothele calpeiana (Walckenaer, 1805)

Origem: Não consensual. Provavelmente nativa no continente.
Endémica: Não.
Invasora: Não consensual. Provavelmente não.
Protegida: Sim. Anexo IV Directiva 92/43/CEE do conselho de 21 de Maio de 1992 relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens.
Explorada: Sim, como animal de estimação mas normalmente de forma ilegal.
Perigosa: Sem informação. Possivelmente, sim.

Morfologia:
Comprimento do corpo: fêmeas seguramente até 40 mm. Possivelmente até 60 mm. Machos provavelmente entre os 30 a 40 mm. Aranha completamente negra ou de um castanho muito escuro quase negro. Fieiras muito compridas.
Alimentação:
Escava uma toca ou aproveita um buraco existente onde reveste a entrada com seda e forma uma zona de entradas múltiplas. A aranha renova a entrada adicionando camadas de seda o que faz com que os detritos e restos de presas sejam incorporados na teia. Esta é uma espécie predominantemente nocturna mas que se mantem activa durante o dia. Normalmente espera que as presas passem pela teia mas por vezes abandonam as tocas para procurar presas activamente. Alimenta-se principalmente de insectos mas preda outros invertebrados. Presas confirmadas: formigas, escaravelhos, bichos-de-contas, aranhas, vespas, abelhas e lagartas de borboletas.
Reprodução:
No verão, as fêmeas depositam os ovos em ootecas esféricas de seda branca com cerca de 1cm de diâmetro. As fêmeas deslocam activamente a ooteca na toca para regular a temperatura e para a protegerem. Quando as ninfas eclodem, permanecem na toca com a mãe.
Habitat:
No solo, em buracos de árvores e na base dos troncos em zonas arborizadas e de montado.
Fenologia: fêmeas durante todo o ano, machos adultos desde o final do inverno até à primavera.
Ameaças e inimigos naturais: A principal ameaça para esta espécie são as mobilizações de solo. É presa confirmada de algumas espécies de aves como as poupas. É parasitada por Androlaelaps pilosus que se alojam normalmente na fóvea da aranha.
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