Os Escorpiões, tal como as Aranhas e os Opiliões, são aracnídeos e possuem, por isso, quatro pares de patas locomotoras, um par de pedipalpos e um par de quelíceras.
São todos terrestres, com o corpo mais ou menos coberto por placas quitinosas.
As quelíceras são curtas e em forma de pinça, servindo para dilacerar e mastigar as presas. Os pedipalpos são longos terminando também em pinça. Além de servirem para controlar as presas, os pedipalpos têm vários pêlos sensíveis e desempenham também um importante papel no reconhecimento do meio envolvente.
O corpo está diferenciado em três regiões: o cefalotórax, anterior, coberto por uma grande placa quitinosa, o mesossoma mais largo e coberto dorsalmente por várias placas transversais e o metassoma, estreito terminado por um aguilhão ôco por onde injectam veneno nas presas que capturam.
Os escorpiões são grandes, sendo os maiores aracnídeos presentes em Portugal.
A reprodução é sexuada. Na época de acasalamento, o macho corteja a fêmea até que ambos se pegam frente-a-frente com as pinças. Nesta altura, o macho deposita um espermatóforo no chão e conduz a fêmea até que esta a recolha. Os ovos eclodem no interior da fêmea, nascendo as crias já como pequenos escorpiões.
Em Portugal conhecem-se duas espécies ambas pertencentes ao género Buthus.