Chaves para a identificação de aranhas de Portugal. Estas são chaves visuais que não contêm todas as espécies. O objectivo é identificar as espécies em falta e documentá-las para aumentar o nosso conhecimento sobre este grupo. Envie-nos o seu feedback para ricardo_silva@naturdata.com
Infraordem Mygalomorphae
Superfamília Atypoidea, família Atypidae, Atypus affinis
Aranhas com quelíceras sem rastellum, muito grandes de tamanho comparável à carapaça. Palpos com maxilas. Esterno com depressões. Fóvea procurva. 6 fieiras sendo as posteriores mais compridas e com três segmentos. Tarsos com 3 unhas. Abdómen com um escudo dorsal. Escava tocas que forra com uma manga de seda completamente fechada.
Superfamília Dipluroidea, família Hexathelidae, Macrothele calpeiana
Aranhas muito escuras de castanho a negro. Com quelíceras sem rastellum e bastante mais pequenas que a carapaça. Palpos sem maxilas. Fóvea circular frequentemente habitada por ácaros. 4 fieiras, sendo as posteriores muito compridas e facilmente visíveis a olho nu. Tarsos com 3 unhas. Abdómen liso, sem escudo. É a maior espécie de Portugal. Constrói teias em toalha por baixo de pedras, fendas no solo e nas árvores.
Superfamília Ctenizoidea, família Ctenizidae, Ummidia algarve
Aranhas escuras. Quelíceras muito mais pequenas que a carapaça e com rastellum. Palpos sem maxilas. Fóvea procurva. Abdómen elevado e com aspecto característico com pêlos espaçados inseridos em pequenas saliências. Escava tocas no solo revestidas de seda e tapadas por opérculo.
Superfamília Nemesioidea, família Nemesiidae
Aranhas de tamanho médio com dimorfismo sexual acentuado. As fêmeas são robustas com quelíceras grandes. Os machos são menos robustos, mais peludos e com quelíceras muito pequenas. Quelíceras com rastellum. Esterno liso. Fóvea direita ou recurva. 2 ou 4 fieiras. Escavam tocas únicas ou ramificadas, revestidas de seda e com opérculo, por vezes também com um fuso.