Tethina lusitanica Munari, Almeida & Andrade, 2009

Mosca-das-dunas-lusitanica

Morfologia de Tethina lusitanica

Machos em competição © Rui Andrade
Machos em competição
 © Rui Andrade
 © Rui Andrade
 © Rui Andrade
 © Jorge Almeida
 © Jorge Almeida
 © Jorge Almeida
 © Ana Gonçalves
 © Tatiana Moreira
 © Tatiana Moreira
Cópula © Tatiana Moreira
Cópula

Informação detalhada sobre Tethina lusitanica

Origem: Nativa.
Endémica: Sim. Litoral norte de Portugal continental.
Invasora: Não
Protegida: Não.
Explorada: Não.
Perigosa: Não.

Comprimento (mm):
1,82 a 2,31

Descrição geral: Mosca de reduzidas dimensões cujo corpo e pernas estão cobertas por um microtomento (cerdas microscópicas) de cor branca acinzentada (que lhe dão a sua cor). Escutelo castanho na metade apical. As asas apresentam manchas de cor escura.
As patas são de cor amarela pálida com excepção dos dois segmentos tarsais mais distais que se apresentam fortemente infuscados. As asas possuem veias amareladas e membrana hialina a amarela pálida.
Juntamente com Tethina pictipennis de Marrocos são as duas únicas espécies da família Canacidae a apresentarem asas com manchas. T. lusitanica difere da parente marroquina num conjunto de carcterísticas externas e genitais. Externamente não apresenta cerdas catepisternais e pós-ocelares e há também ausência total de cerdas de pequenas dimensões na cabeça e tórax.

Fenologia: Ainda não muito bem conhecida, embora os adultos pareçam ser particularmente abundantes durante a Primavera e Outono.

Habitat: Dunas costeiras.

Distribuição: Até ao momento esta espécie apenas é conhecida do Norte de Portugal. Já foi vista nas dunas de Espinho. E é provável que já tenha sido avistada nas zonas dunares próximas de Lisboa.

Biologia: Aparenta ser boa voadora no entanto nunca foram obervadas a realizar voos longos. Por vezes voa curtas distâncias, principalmente quando se sente ameaçada, mas na maior parte do tempo desloca-se sobre a areia com a qual apresenta um excelente mimetismo.
Os machos competem entre si realizando uma espécie de dança estereotipada que consiste alternadamente por uma luta com as patas dianteiras e uns empurrões com a zona lateral do corpo. Durante estas exibições os machos expõem completamente a terminália.
As fêmeas ovipositam na areia. As larvas são desconhecidas mas parece provável que se alimentem de microorganismos que revestem a areia.
Será necessário realizar mais observações para se conhecer melhor a biologia da espécie, nomeadamente de que se alimentam os adultos, quais os seus predadores, etc.

Notas adicionais: Espécie descoberta por Rui Andrade e Jorge Almeida. Foi descrita em conjunto com Lorenzo Munari em 2009.

Referências:

(1) Munari, L.; Almeida; J.; Andrade, R. 2009. A very peculiar new species of Tethina Haliday, 1838 and a new record of Tethina illota (Halliday, 1838) from Portugal. (Diptera: Canacidae, Tethininae) - Disponível em http://www.diptera.info/downloads/Munari_Almeida_Andrade_2009.pdf

(2) http://www.youtube.com/user/tethinaportugal

Distribuição de Tethina lusitanica em Portugal