Fulmarus glacialis (Linnaeus, 1761)

Fulmar ou pombalete

Informação detalhada sobre Fulmarus glacialis

Estatuto de conservação: Global (IUCN): LC (Pouco preocupante)

Tipo de ocorrência: Invernante (raro)

Dados biométricos: Comprimento: 43 - 52 cm; Envergadura: 101 - 117 cm

Identificação: Morfologia semelhante a uma gaivota, mas com vôo e padrões de plumagem bastante distintos. Pescoço pequeno e largo, cabeça grande com ponta preta no canto do olho; bico curto, cinzento na base e amarelado na ponta. Plumagem cinzenta clara por cima e branca por baixo. No entanto, existem induvíduos com padrões mais escuros, sobretudo nas aves oriundas de territórios mais a Norte.

O vôo é característicamente deslizante, descrevendo arcos, subindo e descento até rasar a crista das ondas, com as asas rígidas e direitas. Utiliza séries de batimentos de asa curtos e rápidos, e também rígidos. Necessita de corrida de descolagem sobre a água.

Biologia e movimentos: Nidifica colonialmente em falésias costeiras, mas também em terreno aberto. Pode nidificar perto de áreas habitadas, inclusivamente em casas e edíficios de vilas costeiras.

Espécie monogâmica, com um só ovo por postura. Posturas Mai/Jun. Dispersão a partir de Ago/Set. No Inverno os adultos regressam às colónias para inspecionar e prospectar, dispersando novamente antes das posturas. Os juvenis passam vários anos no mar aberto antes de virem a terra. Durante a alimentação das crias, os adultos afastam-se progressivamente mais das colónias, à medida que a cria se desenvolve. No Inverno dispersam para Sul, vagueando pelo mar aberto à procura de águas frias, ricas em alimento. Espécie de hábitos diurnos.

Alimentação consiste sobretudo em peixes e invertebrados pelágicos, mas também pequenos crustáceos, plâncton, e cadáveres. Quase todo é adquirido à superfície, mas também mergulha.

Curiosidades: Os indivíduos que ocorrem nas nossas águas (principalmente no Outuno e Inverno) serão indivíduos (imaturos ou adultos) que dispersaram mais para Sul do que o habitual. Existem apenas dois registos documentados para o território continental e cerca de 20 registos documentados para os Açores, quase todos de aves isoladas. Existem no entanto vários casos de aves encontradas mortas ao longo das praias, principalmente a seguir a fortes tempestades. Existe uma recaptura em águas nacionais de um ave anilhada na Gronelândia.

Segue embarcações.

 

 

 

Distribuição de Fulmarus glacialis em Portugal