Capra pyrenaica Schinz, 1838

Cabra-montês

Morfologia de Capra pyrenaica

 © Fernando Romão
 © Fernando Romão
 © Fernando Romão
Macho de Cabra-montês, no PNPG © David Migueis
Macho de Cabra-montês, no PNPG

Informação detalhada sobre Capra pyrenaica

Meio:http://naturdata.com/images/stories/icns/terr.jpg
 Continente:Açores:Madeira:
Presença:http://naturdata.com/images/stories/icns/conf.jpghttp://naturdata.com/images/stories/icns/res.jpg  
Origem:http://naturdata.com/images/stories/icns/nat.jpg  
Situação:http://naturdata.com/images/stories/icns/prot.jpg  

 
Morfologia
Altura ao garrote – 65,0 a 89,0 cm
Peso (macho) – 50,4 a 90,0 kg
Peso (fêmea) – 31,3 a 41,0 kg
Comprimento corpo (macho) - 108,6 e 155,0 cm
Comprimento corpo (fêmea) - 96,9 – 130,0 cm
Dimorfismo sexual - acentuado
Armação – Presente
Tipo de armação – Cornos (Permanente)

Ecologia
Distribuição – Ibérica
Habitat – Zonas de carvalhal e matos com substrato rochoso
Guilde Trófica – Herbívoro ruminante
Estatuto de Protecção – Criticamente em Perigo (LVVP) / Pouco Preocupante (UICN) / Vulnerável – C. p. victoriae (UICN)
 
Relação com o Homem - cinegética
Ameaças – furtivismo / fragmentação do habitat / perda de habitat / espécies exóticas / hibridação com espécies domésticas
Doenças e Parasitas - sarna sarcóptica (Sarcoptes scabiei), oestrose (Oestrus sp.), brucelose (Brucella sp.), broncopneumonias (Pasteurella multocida) e queratoconjuntivite (Clamydia psittaci e Mycoplasma sp.). Parasitas das famílias Protostrongilidae (Muellerius sp., Protostrongylus sp., Cystocaulus spp.), Dictyocaulus spp., cestodos (Taenia spp., Moniezia spp.) e tremátodos (Fasciola hepática)
Predadores – Lobo-ibérico (Canis lupus signatus); Águia-Real (Aquila chrysaetos)

Descrição Geral
A cabra-montês é o único caprino silvestre no território português. De tamanho médio, apresenta acentuado dimorfismo sexual que se traduz numa diferença no tamanho e peso corporal, na coloração da pelagem e dimensões dos cornos entre machos e fêmeas.
Os cornos estão presentes nos dois sexos, embora nos machos atinjam comprimento e espessura maiores e sejam mais robustos, medindo entre 45 e 100 cm. Nas fêmeas adultas medem entre 13 e 30 cm e têm um formato mais cilindrico. As crias não possuem cornos, ou são muito pequenos.
A pelagem varia com a estação. No verão o pêlo é mais curto e liso com uma coloração mais clara do que no inverno, em que a pelagem é maior e mais espessa. As fêmeas têm uma coloração castanha acizentada enquanto os machos possuem uma cor mais escura. Tanto machos como fêmeas exibem manchas negras. Nas fêmeas, apenas ocupam a parte anterior dos membros. Nos machos, estas estendem-se a partir das patas posteriores, pelos flancos até ao dorso do animal e mesmo até à face, tornando-se mais extensas com a idade. Os machos possuem ainda crinas e barbas características. As crias possuem a mesma coloração das fêmeas, se bem que, nos machos juvenis, é possível observar o aparecimento das manchas negras.
Em termos de longevidade, as fêmeas podem chegar a viver 22 anos, enquanto os machos possuem uma longevidade menor, cerca de 15 anos.


Reprodução
Como acontece com outros ungulados, a cabra-montês é uma espécie poligâmica.
O período de cio da cabra-montês decorre entre o fim do outono e o princípio do inverno, meados de outubro a dezembro. Durante esta altura do ano formam-se grupos mistos, onde existe uma hierarquia entre os machos, estabelecida pelo tamanho corporal e através de lutas, em que os machos chocam com os cornos, principalmente entre animais mais velhos. Outro comportamento típico dos machos é levantar a cauda, libertando feromonas para estimular a ovulação das fêmeas. Quando a hierarquia se encontra definida, os machos mais velhos começam a cortejar as fêmeas estendendo a cabeça e o pescoço na direcção da fêmea, inclinando a cabeça para os lados e dando toques com uma das patas na fêmea e estalidos com a língua. Este comportamento tem como objectivo levar a fêmea a assumir uma posição receptiva. Se a fêmea não está pronta para acasalar, afasta o macho com os cornos e urina, alertando o macho que não está receptiva. Quando se encontra receptiva, assume uma posição característica, distanciando as patas posteriores, andando devagar e retira a cauda do períneo.
A gestação dura aproximadamente 5 meses (155 dias). O período de partos decorre entre Abril e Junho e nasce normalmente uma cria por fêmea, embora possa ocorrer o nascimento de gémeos. Poucos dias antes do parto, as fêmeas procuram locais isolados, rochosos e escarpados, onde ocorre o parto, ficando assim as crias protegidas dos predadores durante os primeiros dias de vida. Os recém nascidos pesam cerca de 2 kg e ficam dependentes da progenitora, no mínimo, durante seis meses.
A maturidade sexual das fêmeas é dependente da disponibilidade de alimento, podendo variar entre os 14 e os 30 meses de idade. No caso dos machos, em populações em liberdade, geralmente apenas os machos com mais de 8 anos conseguem reproduzir-se.

Organização social
Quanto à estrutura social, é uma espécie gregária, formando grupos de composição variável ao longo do ano. Durante a maior parte do ano os grupos são formados por animais do mesmo sexo, ocorrendo a formação de grupos mistos no início da época de reprodução, em Outubro, mantendo-se até ao final da mesma, no mês de Dezembro. Durante este período os grupos são formados por animais de ambos os sexos e de várias idades. Entre a época de acasalamento e os nascimentos, que ocorrem durante os meses de Abril e Maio, os machos separam-se dos grupos de fêmeas e crias. Poucos dias antes do parto, as fêmeas isolam-se para parir. Em populações pequenas pode não ocorrer a separação dos machos e das fêmeas.
Nos grupos de machos é definida uma hierarquia, com base nos caracteres secundários (por ex. – tamanho corporal e tamanho dos cornos) e, por vezes, envolvendo lutas entre si. Os grupos de fêmeas são liderados por uma fêmea velha.
A organização dos grupos permite uma melhor defesa contra possíveis ameaças. Enquanto os animais que se encontram no interior do grupo estão ocupados a alimentar-se, cuidar das crias, etc, os animais que se encontram na periferia, na maioria adultos, mantêm-se vigilantes, emitindo um sinal de alarme, um silvo, caso detectem alguma ameaça.
A área que cada animal ocupa varia com o sexo e a altura do ano. Durante a época de acasalamento é menor quando comparada com a primavera e verão, período em que os animais, principalmente os machos realizam grandes deslocações.

Comportamento
A cabra-montês é um ungulado de montanha e, apesar de colonizar uma grande diversidade de habitats, ocupa, principalmente, zonas de carvalhal e matos com substrato rochoso. Apesar de ser uma espécie típica de montanha, ocupando os picos mais elevados da Península Ibérica, acima dos 3.400 m de altitude, esta pode ocorrer ao nível do mar. Deste modo, outros factores terão maior influência na sua distribuição. Em populações andaluzes, observou-se que mais de 75% da área ocupada por este ungulado é muito escarpada e possui declives acentuados.
Geralmente, grupos de fêmeas com crias e juvenis frequentam zonas com vegetação densa, procurando aí protecção contra predadores. Por sua vez, os grupos mistos, de maior tamanho, tendem a ocupar áreas abertas, com pouca vegetação. Os grupos de machos, formados durante a Primavera, procuram áreas florestadas.
Ao longo do ano, é possível verificar uma sazonalidade na ocupação do espaço, dependendo da disponibilidade de alimento. Deste modo, em locais com sazonalidade marcada, são frequentes os movimentos altitudinais. Durante o Verão e Outono, a cabra-montês procura os pastos mais ricos nas zonas altas, enquanto durante o Inverno e a Primavera, devido à neve e às temperaturas baixas, os animais deslocam-se para zonas baixas.
A cabra-montês apresenta períodos de maior actividade durante o amanhecer e o entardecer. No entanto, no Verão, esta espécie adquire hábitos mais nocturnos. Por sua vez, durante o Inverno, a actividade pode ser mais frequente durante o dia. A distribuição temporal da actividade diária estará directamente relacionada com a temperatura.

Ecologia alimentar
A dieta da cabra-montês é condicionada pela disponibilidade alimentar, pela presença de outros ungulados e necessidade energética. O seu poder de adaptação às condições impostas por estes factores, aliada à grande variabilidade dos habitats que ocupa, leva a uma dieta bastante diversificada, apresentando maior variabilidade durante a Primavera (maior disponibilidade alimentar).
A cabra-montês apresenta uma estratégia alimentar mista (grazer e browser), adaptando-se à disponibilidade de alimento em cada área de ocupação: na Serra de Gredos, alimenta-se principalmente de gramíneas, e na Serra de Cazorla a sua dieta incide maioritariamente em espécies lenhosas.
As gramíneas têm especial importância na alimentação da cabra-montês. Dentro deste grupo, as espécies mais consumidas pertencem aos géneros Festuca spp., Carex sp., Arrhenatherum sp., e Agrostis spp..
Quanto às plantas lenhosas, destaca-se o consumo de folhas de carvalhos (Azinheira, Quercus ilex), azevinho (Ilex aquifolium), zimbro (Juniperus oxvcedrus), Phillvrea latifolia, piorno (Cytisus sp.) urzes (p. ex. Erica arborea é um dos arbustos mais consumidos pela cabra-montês na Serra de Gredos), Rosmarinus officinalis e Rubus ulmifolius.
Embora com pouca representatividade, a cabra-montês consome também alguns líquenes e musgos, nomeadamente no Inverno, quando a disponibilidade alimentar é menor.

Medidas de Conservação
As principais ameaças para as populações de cabra-montês são os surtos de sarna sarcóptica, a hibridação com cabras assilvestradas ou domésticas e o seu isolamento. As medidas de conservação passam pela prevenção, através do acompanhamento sanitário, da remoção de rebanhos de cabras assilvestradas e monitorização das densidades.

Curiosidades
. Apesar de ser uma espécie típica de montanha, ocupando os picos mais elevados da Península Ibérica, acima dos 3.400 m de altitude, esta pode ocorrer ao nível do mar.
Até ao fim do século XIX, existia ainda no norte de Portugal (Serra do Gerês) e Galiza, a subespécie C. p. lusitanica. A caça desregrada levou à sua extinção, na década de 90 desse século. No entanto, no início do século XX (1908), permanecia a dúvida acerca da real extinção da cabra-montês na Serra do Gerês. Foi então convocada uma expedição venatória, onde participaram cerca de 300 caçadores, naturalistas ou simples curiosos, de todo o país. Durante três dias, grande parte da Serra do Gerês foi percorrida, sem que fosse obtido algum sinal da cabra-montês.

Referências bibliográficas
Acevedo, P. (2006). Ecogeografía de la cabra montés (Capra pyrenaica): relación con otros ungulados en simpatría en el centro-sur de la Península Ibérica. Tese de Doutoramento. Instituto de Investigación en Recursos Cinegéticos – Universidad de Castilla-La Mancha, Castilla-La Mancha. 234 pp.
Acevedo, P., Vicente, J., Alzaga, V. e Gortázar, C. (2005). Relationship between bronchopulmonary nematode larvae and relative abundances of Spanish ibex (Capra pyrenaica hispanica) from Castilla-La Mancha, Spain. Journal of Helminthology, 79: 113–118.
Acevedo, P., Cassinello, J., Hortal, J. e Gortázar, C. (2007b). Invasive exotic aoudad (Ammotragus lervia) as a major threat to native Iberian ibex (Capra pyrenaica): a habitat suitability model approach. Diversity and Distributions, 13: 587–597.
Acevedo, P. e Cassinello, J. (2009). Biology, Ecology and Status of Iberian Ibex Capra pyrenaica: a Critical Review and Research Prospectus. Mammal Rev. 39(1):17-32.
Acevedo, P., Santos, J. P., Real, R. e Vicente, J. (2011). Evaluación del estado de la población de cabra montés de los Montes de Toledo: Relaciones con el ciervo. Pirineos, 166: 29-49.
Alados, C. (1984). Etograma de la cabra montés (Capra pyrenaica) y comparación con otras especies. Doñana, Acta Vertebrata, 11:289-309.
Alados, C. L. (1985a). Group size and composition of the Spanish Ibex (Capra pyrenaica Schinz) in the Sierras of Cazorla and Segura. In: S. Lovari (Ed.). The biology and management of mountain ungulates. pp. 134-147. Croom Helm, Londres.
Alados, C. L. (1986b). Time distribution of activities in the Spanish Ibex, Capra pyrenaica. Biol. Behav., 11: 70-82.
Alados, C. L. e J. Escós (1988). Alarm calls and flight behaviour in Spanish ibex (Capra pyrenaica). Biol. Behav. 13:11-21.
Alados, C. L. e Escós, J. (2012). Cabra montés – Capra pyrenaica Schinz, 1838. In: Enciclopedia Virtual de los Vertebrados Españoles. Salvador, A., Cassinello, J. (Eds.). Museo Nacional de Ciencias Naturales, Madrid. Acedido em 5 de Abril de 2012 em: http://www.vertebradosibericos.org/
Alasaad, S., Granados, J. E., Cano-Manuel, F. J., Meana, A., Zhu, X. Q., Pérez, J. M. (2008). Epidemiology of fasciolosis affecting Iberian ibex (Capra pyrenaica) in southern Spain. Parasitol. Res., 102: 751-755.
Alasaad, S., Rossi, L., Benítez, C. V. e Soriguer, R. C. (2011). Applicability of MHC DRB1 alleles as markers to detect vertebrate hybridization: a case study from iberian ibex x domestic goat in Southern Spain. XXXth IUGB Congress. Barcelona, Espanha.
Cabral, M. J., Almeida, J., Almeida, P. R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N., Oliveira, M. E., Palmeirim, J. M., Queiroz, A. I., Rogado, L. e Santos-Reis, M. (eds). (2005). Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Instituto da Conservação da Natureza, Lisboa.
Catusse, M., Corti, R., Cugnasse, J. M., Dubray, D., Gibert, P. e Michallet, J. (1996). La grande faune de montagne. 260pp. Hatier.
Diáz, A. T. (2007). Control Fotoperiódico y Regulación Endocrina del Crecimiento del Cuerno en el Macho Montés (Capra pyrenaica hispanica) y el Muflón (Ovis orientalis musimon). Tese para a Obtenção do Grau de Doutor. Madrid: Faculta de C. C. Biológicas, UCM. 146pp.
Fandos, P. (1988). Différences saisonnières dans la répartition des activités quotidiennes du bouquetin, Capra pyrenaica, de Cazorla. Mammalia, 52 : 3-9.
Fandos, P. (1991) La cabra montés (Capra pyrenaica) en el Parque Natural de Cazorla, Segura y Las Villas. Colección Técnica, ICONA, Madrid.
Fandos, P. e Vigal, C. R. (1993). Sexual dimorphism in size of the skull of Spanish ibex Capra pyrenaica. Acta Theriologica, 38 (1): 103-111.
Figueiredo, P. J. (2011). Rastreio parasitológico em populações de caprinos silvestres, assilvestrados e domésticos no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Dissertação de Mestrado. Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Medicina Veterinária, Lisboa.
García-González, R. e Cuartas, P. (1992). Food habits of Capra pyrenaica, Cervus elaphus and Dama dama in the Cazorla Sierra (Spain). Mammalia, 56: 195-202.
Granados, J. E., Fandos, P., Márquez, F. J., Soriguer, R. C., Cirrosa, M. e Pérez, J. M. (2001a) Allometric growth in the Spanish ibex, Capra pyrenaica. Folia Zoologica, 50: 19–23.
Granados, J. E., Pérez, J. M., Márquez, F. J., Serrano, E., Soriguer, R. C. e Fandos, P. (2001c). La cabra montés (Capra pyrenaica, Schinz 1838). Galemys, 13: 3-37.
Granados, J. E., Soriguer, R. C., Pérez, J. M., Fandos P. e García-Santiago, J. (2002) In: Atlas de los mamíferos terrestres de España. Palomo, L. J. e Gisbert, J. (eds.). Dirección General de Conservación de la Naturaleza, SECEM, SECEMU. Madrid.
Granados, J. E., Serrano, E., Pérez, M. C, Fandos, P., Weykam, S. e Soriguer, R. C. (2003). Caracterización del hábitat ocupado por la cabra montés (Capra pyrenaica, Schinz 1838) en Andalucía. In: In memoriam al Prof. Dr. Isidoro Ruiz Martínez. pp. 391-404. Pérez, J. M. (Ed.). Universidad de Jaén. Jaén.
Granados, J. E., Cabrera, M. C., Cano-Manuel, J., Castillo, A., Pérez, J. M, Fandos, P. e Soriguer, R.C. (2006). Comportamiento de cortejo en la cabra montés. In: Donde ver comportamiento animal. Soler, M. e Carranza, J. (Eds.). Lynx Edicions. Barcelona.
Herrero, J. e Pérez, J. M. (2008). Capra pyrenaica. In: IUCN 2011. IUCN Red List of Threatened Species. Versão 2011.2. <www.iucnredlist.org>. Acedido em 03 de Abril de 2012.
Ilustração Portugueza (1908, 2 de Novembro). A caçada do Gerez. pp. 11-16.
Martínez, T. (1989). Recursos tróficos de la cabra montés (Capra pvrenaica, Schinz, 1938) en la Sierra de Gredos, durante Otoño e Invierno. Ecología, 3: 179-186.
Martínez, T. (1992). Estrategia alimentaria de la Cabra Montés (Capra pyrenaica) y sus relaciones tróficas con los ungulados silvestres y domésticos en Sª Nevada, Sª de Gredos y Sª de Cazorla. Tesis Doctoral. Universidad Complutense de Madrid, Facultad de Ciencias Biológicas. 521 pp.
Martínez, T. (2001). The feeding strategy of Spanish ibex (Capra pyrenaica) in the northern Sierra de Gredos (central Spain). Folia Zoologica, 50: 19–33.
Martínez, T. (2002). Summer feeding strategy of Spanish ibex Capra pyrenaica and domestic sheep Ovis aries in south-eastern Spain. Acta Theriologica, 47(4): 479-490.
Moreno, J. S., Díaz, A. T., Coloma, A. G., Brunet, A. G., Castaño, C., Pastor, A. P., Veja, R. S., Guillamón, F. G. e Sebastián, A. L. (2010). Cabra Schinz 1838) pp 85-102. In Moreno, J. S. e Sebastián, A. L. (Coord). (2010) Ungulados Silvestres de España: Biología y Tecnologías Reproductivas para su Conservación y Aprovechamiento Cinegético. Monografías INIA. Serie Medioambiental nº2 – 2010. Instituto Nacional de Investigación y Tecnologia Agraria y Alimentaria. Ministério de Ciencia e Innovación. Sociedad Anónima de Fotocomposición. Madrid. 300pp.
Pérez, J. M. (2001). Distribución, genética y estatus sanitario de las poblaciones andaluzas de la cabra montés. Universidade de Jaén, Sevilha: Consejería de Medio Ambiente. ISBN 84-8439-098-5.
Pidancier, N., Jordan, S., Luikart, G. e Taberlet, P. (2006). Evolutionary history of the genus Capra (Mammalia, Artiodactyla): Discordance between mitochondrial DNA and Y-chromosome phylogenies. Molecular Phylogenetics and Evolution, 40: 739–749.
Prada, C., García-Serrano, A., Fernández-Arberas, O. e Herrero, J. (2011) Seguimiento Demográfico de la Cabra Montesa Capra pyrenaica en Castellón (2008-2010). Ega Consultores en Vida Silvestre SLPU. Zaragoza. 58pp.
Santos, N. (2010). Inventário dos rebanhos de cabras assilvestradas no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Distribuição de Capra pyrenaica em Portugal