Caloptilia conimbricensis Corley, 2014

Informação detalhada sobre Caloptilia conimbricensis

Descrição:
Envergadura 13-14.5 mm. Cabeça com vértice castanho-claro e brilho violeta, face amarelo pálido. Palpos labiais cor de couro esbranquiçado, pontilhado de negro. Antenas de cor couro pálido, fracamente barrado de castanho-escuro por cima. Tórax de cor ocre a castanho claro, tegulae castanho-claro. Asas anteriores castanhas com um brilho violeta, castanho-escuro junto à base, mais castanho-alaranjado na metade exterior das asas, amarelo na base do dorsum até à dobra, estendendo-se a um-quarto do comprimento da asa e uma grande mancha de 4 lados na zona costal desde um-quinto, lado interior ligeiramente curvado, atingindo a dobra, terceiro lado pequeno, acompanhando a dobra, lado exterior ligeiramente ondulado, estendendo-se até um estreito angulo da costa de três-quartos a quatro-quintos; cílios cor de laranja-ocre, pálido em torno do tornus. Asas posteriores cinzentas; cilios cinza-claro. Patas anteriores e intermédias castanho-escuras com tarso branco; patas traseiras cor de couro esbranquiçado, tíbia escura na metade distal.

Diagnose:
Caloptilia conimbricensis é superficialmente indistinguível de C. alchimiella (Scopoli, 1763) e é ainda muito semelhante a C. robustella (Jäckh, 1972). A mancha amarela costal é usualmente ligeiramente menor em C. robustella, começando em um-terço, não em um-quarto. Caloptilia conimbricensis é facilmente diferenciada pela genitália masculina e feminina.

Distribuição: Em Portugal é conhecida de 3 locais na Beira Litoral. Está ainda presente em Espanha: Cádiz e Palencia.

Biologia:
Os adultos foram atraídos à luz em Abril, Maio e Setembro, indicando duas gerações. É possível que ocorra uma geração intermédia em Julho, tal como acontece com a C. robustella em Portugal. É muito provável que a larva se alimente de Quercus e há a possibilidade de que a planta-alvo seja o carvalho de folha marcescente, o Carvalho-cerquinho (Q. faginea), que é a árvore dominante nos locais de observação da espécie em Portugal. Estes locais caracterizam-se ainda por apresentarem um substrato calcário. Os registos em Espanha sugerem que outras espécies de Quercus de folha perene possam ser plantas-alvo.

Origem do nome:
O nome da espécie conimbricensis provém do Latim, da palavra no genitivo singular, literalmente significando ‘de Coimbra’ a partir do nome Romano de Coimbra, Conimbrica. O local Santa Clara situa-se logo à saída da cidade de Coimbra, enquanto as outras duas localidades portuguesas para esta espécie encontram-se a 30 km da cidade.

Observações:
C. conimbricensis é um parente chegado das duas espécies europeias que se alimentam de Quercus, C. alchimiella e C. robustella das quais se distingue claramente pelas características da genitália.

01/2015 - Ficha completa realizada por Fernando Romão.