Ariasella lusitanica Grootaert, Shamshev & Andrade, 2009
Mosca
Morfologia de Ariasella lusitanica
Vídeos de Ariasella lusitanica
Informação detalhada sobre Ariasella lusitanica
Trata-se de uma espécie descoberta por Rui Andrade e documentada por Rui Andrade e Jorge Almeida. Foi descrita em conjunto com Patrick Grootaert e Igor Shamshev em 2009.
Sinonímias: Não tem.
Comprimento (mm): Macho: 2,25 a 2,40 | Fêmea: 2,13 a 2,60
Descrição geral: Espécie de reduzidas dimensões que apresenta braquipterismo (asas atrofiadas) em ambos os sexos. Nos machos as asas são em forma de clava. Começam por ser muito finas a partir da base até quase à extremidade oposta onde acabam por se alargar e apresentar uma forma bilobada. As asas das fêmeas são diminutas e apresentam a forma de escama.
A coloração geral é preta apresentando escleritos protorácicos de coloração branca acinzentada. As antenas e os palpos são de cor preta. Nas antenas, o flagelo é longo e de forma triangular. Os machos apresentam, nas tíbias anteriores, longos pêlos que se enrolam sobre si mesmos nas extremidades. As fêmeas não apresentam estes longos pêlos nas tibias. Os machos apresentam ainda um esporão ventral apical na tíbia média.
Fenologia: Durante a fase adulta pode ser vista entre meados de Fevereiro e fins de Abril/início de Maio.
Habitat: Desloca-se através do solo em locais com muita sombra cujo solo é rico em matéria orgânica e apresenta um certo grau de humidade, importante para o desenvolvimento das suas presas.
Distribuição: Apenas conhecida do Norte de Portugal.
Biologia: Os adultos são vorazes predadores de pequenos insectos. As presas mais habituais são pequenos dípteros das famílias Chironomidae e Sciaridae, muito comuns nos locais onde se pode encontrar esta espécie.
Durante a Primavera podem ser vistos espécimes a correr através do solo contornando e sobrepondo os obstáculos com grande destreza e agilidade sendo à primeira vista muito semelhantes a pequenas formigas com as quais se podem eventualmente confundir.
Um aspecto muito curioso relaciona-se com o cleptoparasitismo que existe entre os membros desta espécie. Este comportamento, em que um indivíduo rouba a presa a outro, parece ser muito comum já que foi observado em várias ocasiões a ser realizado pelos dois sexos.
As larvas são completamente desconhecidas mas é provável que vivam no solo predando outros organismos.