Ardea cinerea Linnaeus, 1758
Garça-real
Outros Nomes Comuns: garça-cinzenta, garça-real-europeia
Morfologia de Ardea cinerea
Informação detalhada sobre Ardea cinerea
Estatuto de conservação: Global (UICN): LC (Pouco preocupante); Europa (SPEC): Non-SPEC (Não concentrada na Europa e com estatuto de conservação favorável); Portugal (ICNB): LC (Pouco preocupante)
Protecção legal: Convenção de Berna: Anexo II
Tipo de ocorência: Residente (R); Invernante (I)
Adultos: | |||
Dados biométricos: Comprimento: 90 a 98 cm; Envergadura: 175 a 195 cm; Peso: 600 a 1200 g; Longevidade: 25 anos
Identificação: É a maior de todas as garças que ocorrem em Portugal. Ave de patas longas e pescoço muito comprido que termina num bico direito e poderoso, com coloração amarela acinzentada (alaranjada na época de reprodução). Apresenta a cabeça e pescoço esbranquiçados com marcas escuras que contrastam com as asas e dorso cinzentos. Em voo apresenta o pescoço retraído, asas muito arqueadas com batimentos lentos e irregulares. Voa muitas vezes a grande altitude.
Biologia da espécie: Amplamente distribuída na Europa, ocorre em Portugal ao longo de todo o ano, sendo mais numerosa fora da época de nidificação (alguns casais nidificantes, mais comuns na zona do Alentejo) e em zonas húmidas (especialmente zonas de margens pouco inclinadas, pouco obstruídas por vegetação densa). É nestas zonas húmidas que encontra o seu alimento, especialmente pequenos peixes, crustáceos, insectos e répteis. Tem nas árvores o local de eleição para a nidificação, sendo comum uma mesma árvore comportar vários ninhos. Apesar de considerada uma ave aquática, não despreza as zonas agrícolas, aradas de fresco, onde procura répteis, anfíbios e mesmo pequenos mamíferos.
Curiosidades: Imponente, com o seu longo pescoço cinzento, a garça-real é muitas vezes a maior ave aquática que a vista alcança. A garça-real serve-se das suas reacções rápidas e da velocidade para capturar as presas. Quando pesca, coloca-se perto da margem, atenta ao menor movimento provocado por um peixe. Se avista algum, inclina-se para a frente, estica o pescoço e apunhala-o repentinamente com o bico. Normalmente engole os peixes inteiros, mas os de maior tamanho devora-os em terra.
(Texto: Guarda-Rios do Lima)